Há aqueles dias bonitos em que só pelo simples facto de sentirmos de pisarmos a relva e sentirmos o vento a acariciar-nos o rosto valem a pena. Hoje foi um desses dias.
O amanhecer brindou-me com um sorriso, o entusiasmo dele rapidamente me conquistou, apenas precisei de não pensar ( o que foi mais fácil do que seria expectativa). Talvez o que de mais especial aconteceu hoje foi ter permitido que a felicidade do teu rosto transbordasse para o meu peito.
Andamos sem rumo, numa paisagem verdejante onde as árvores, o lago, as crianças - que soltavam gargalhadas estridentes -, a relva nos permitiu desenhar com cores primaveris a tela da nossa memória.
Como já é habitual nestes dias, o antítese do tempo fez-me presente, ou seja, por momentos senti que se partiram todos os relógios do mundo mas, de súbito, a tarde ia-nos fugindo, como se gostasse de jogar à apanhada connosco. Não nos importamos! Porque nos importaríamos!? A intensidade com que vivemos o momento ditou que a simplicidade da vida pode fazer-nos sentir a pairar acima do mundo.
Agora, que esta tarde me parece um momento fugaz, continuo a sentir aquela felicidade extrema por caminhar descontraidamente, mas com um compasso bonito, a teu lado. Hoje o tempo parou, talvez ainda esteja parado.